Artigo de Opinião: -O passo em frente…à beira do precipício -
Para quem ande atento a jornais e telejornais, não é estranho o ambiente tenso que se vive actualmente entre o “mundo islâmico” e o “mundo judaico-cristão”, o chamado “Ocidente”. Entre todas as quezílias políticas que se têm vivido recentemente com o Irão, surge uma meia dúzia de caricaturas publicadas num pequeno jornal dinamarquês que, de repente, faz estalar o verniz nas relações entre um mundo dividido. Os muçulmanos, radicais ou não, terroristas ou não, saem à rua e em fúria por todo o mundo islâmico. Islâmico e não só, pois já na Alemanha e Inglaterra se fizeram manifestações com vários milhares de imigrantes muçulmanos. Não estou a querer trazer para aqui a questão ridícula de se as caricaturas deviam ou não ter sido publicadas, uma vez que é absolutamente óbvio o desrespeito e a chacota dos seus autores para com a Fé de muita gente, o que não está certo. O problema é que a suposta “liberdade” das democracias ocidentais permite-se as mais aberrantes iniciativas, a despeito da sensibilidade dos próprios cidadãos e, claro, com total desprezo pela de outros povos e civilizações.
Tudo começou com o ataque de 2001 ao World Trade Center, em Nova Yorque, pelo menos para nós, ocidentais. Na verdade, a “guerra” começou há muito tempo para os muçulmanos, talvez desde a forma abusiva como se forçou a criação do estado de Israel, no pós-guerra, em 47 do século passado. A ofensa que constituiu, para todo o mundo islâmico, a expropriação daquela vasta região da Palestina em benefício dos judeus, deu início a uma verdadeira Jihad (“guerra santa”) contra o agressor, ou seja, nós, o mundo ocidental. A presença desdenhosa dos militares e observadores ocidentais, desde a Guerra do Golfo, bem como o constante e incondicional apoio dado a Israel, vem alimentando um ódio crescente, canalizado pelos líderes radicais islâmicos para a população e, em especial, para os jovens. Estes crescem numa relativa pobreza, mas sempre vendo como se vive no outro lado do mundo. O desgosto por não terem acesso à tecnologia, ao conforto, ao lazer e a todo o tipo de liberdades de que a nossa propaganda lhes fala, através das parabólicas, converte-se numa reacção sob a forma de ódio, de condenação moral e do mais completo desprezo pelos nossos valores e modo de vida. Daí à formação paramilitar e a um treino voluntário para o suicídio, é curta a distância.
O passo seguinte foi a reacção ao ataque às torres gémeas. Os Estados Unidos da América iniciaram aquilo a que os líderes islâmicos chamaram de “nova cruzada”. A invasão ao Afeganistão foi o primeiro passo, em busca dos tais “talibans” e do seu líder Bin Laden. Devastada a terra afegã e desconhecido ainda o paradeiro do Sr. Laden, viraram-se para o Iraque. Pintou-se um papão no regime de Saddam Hussein e inventaram-se armas de destruição maciça para justificar a invasão desse pais, aos olhos da opinião pública ocidental. Terminada a acção militar ficou o resto por fazer, e de um povo protegido da manipulação dos grandes líderes religiosos (porque Saddam não ia em conversas de fervor religioso), ficou um povo sem ditador, mas também sem trabalho ou segurança, que agora apenas encontra orientação nesses mesmo líderes, que apontam o dedo ao Ocidente como causa para a sua desgraça.
Eis que, de repente, vindo (aparentemente) do nada, um tal Mahmud Ahmadinejad vem afrontar todo o Ocidente. Olhando directamente para as câmaras diz que “Israel deve ser riscado do mapa”, que “o Holocausto nazi é um mito” ou que “vai dar inicio ao plano de fazer prevalecer o Islão em todo o mundo”. Trata-se do recém-eleito presidente do Irão, país dominado pelo radicalismo islâmico e que acabou recentemente de expulsar os observadores internacionais de energia atómica. Admite preparar-se para enriquecer urânio, afim de produzir energia nuclear, mas quando questionado, rejeita que apenas certos países ocidentais tenham direito a possuir armamento nuclear. Tem, como é óbvio, o apoio de todos os países do Médio Oriente, dos seus notáveis (ainda que encoberto), mas muito especialmente da sua imensa população, guiada cegamente pelos líderes religiosos e espirituais. Esta sua atitude de afronta directa ao Ocidente é tida como coragem, como verdadeira liderança, como divina providência talvez. Não tarda que este homem se transforme num autêntico caudillo para todo o mundo islâmico, que o seguirá na direcção que apontar.
É neste contexto internacional que surgem as recentes caricaturas dinamarquesas ao profeta islâmico Maomé, num momento de sensibilidade e expectativa geral em relação a vários aspectos políticos, como sendo a questão do enriquecimento de urânio pelo Irão e a reacção do Ocidente, a situação clínica de Ariel Sharon e o que sucederá no conflito israelo-palestiniano com a vitória eleitoral do Hamas…
Uma interpretação bélica do al-Corão é cada vez mais facilitada e incitada em todo o mundo islâmico e, muito especialmente, entre os muçulmanos imigrados no Ocidente, que geram em si um sentimento de descriminação que não sofrem. No entanto, essa predisposição não é mais real que o deboche e a total ausência de valores que grassa entre nós e que resulta em aberrações como as ditas caricaturas, por certo condenáveis. Nada é mais perigoso que o confronto directo entre culturas, o choque de civilizações. Tendo em conta que Deus e Alá são uma e a mesma divindade, apesar de com nomes diferentes, que derrota será para todos se for necessária uma 3 Guerra Mundial para que tal se torne evidente, e os homens se saibam respeitar e amar entre si.
17 Comments:
At 12:20 da manhã, foxglove said…
Estimado amigo. Está tudo muito certo... Mas quanto ao presidente do Irão se tornar o caudilho do Médio Oriente é impossível.
E é impossível por uma singela razão: o Irão é xiita, ao passo que os seus vizinhos são, na sua maioria sunitas. Sendo a religião o principal factor de coesão social e política, ninguém se vai levantar para defender o Irão. Exceptuamos, talvez, alguns grupos no Iraque e na Síria.
Cumprimentos
At 1:02 da manhã, Recuemos... said…
É uma questão de opinião, sem dúvida. E acredite que torço para que esteja você mais próximo da verdade.
Contudo, permita-me que pegue na sua frase: "Sendo a religião o principal factor de coesão social e política" É que é por isso mesmo. Quando a ameaça é o vizinho do lado, como era o caso do Iraque, xiitas e sunitas separam-se porque são politicamente "atiçados" uns contra os outros. Mas estando a verdadeira ameaça bem longe, como no Ocidente, e sendo social, politica, religiosa e económicamente tão antagónica em relação ao Médio Oriente, o inimigo torna-se comum, e o ISLÃO, acima de picardias tradicionais, dissolver-se-á facilmente numa grande irmandade, que pegará em armas se direccionadas para tal.
Os líderes islâmicos xiitas estão inequivocamente a ganhar terreno sobre quaisquer outros. Tradicionalmente o xiismo representa os mais desvaforecidos, menos cultos, e logo, mais radicais. Por isso, será fácil o xiismo progredir e unificar o Médio Oriente, no que respeita à sua população, está claro.
Mas como dizia atrás, torço fortemente para que o amigo tenha razão e eu esteja completamente equivocado. É que os resultados da minha interpretação seriam devastadores.
At 10:51 da tarde, foxglove said…
Estimado amigo:
Peço desculpa pela demora do comentário, mas só agora vi que me tinha respondido.
Acho que o Irão não é um problema. Nem pelo nuclear nem pelo terrorismo.
Pelo nuclear, porque, pode muito bem desenvolver armas nucleares e depois?... Será que as sabe usar? será que terá a ousadia?
A Índia e o Paquistão têm armas nucleares, no entanto, preferem antes esgrimir ameaças, porque, ninguém no seu juízo perfeito arriscaria uma guerra nuclear (felizmente!!!)
A Coreia do Norte também veio acenar com supostas armas nucleares. E depois!? Não têm meios de propulsão para as fazer chegar aos EUA.
No campo do terrorismo, acho que não vão arriscar também, porque têm uma economia em desenvolvimento e isso tornar-se à prejudicial.
Por esta razão, acho que os projectos nucleares do Irão se destinam unicamente a suprir as necessidades energéticas.
O terrorismo é mais apanágio de alguns grupos de árabes anafadinhos, como Bin Laden, que dispondo de uma formidável fortuna (toda ela acrescentada pelo nosso sistema capitalista) consegue, a título individual, recrutar gente e armamento para levar a cabo determinadas acções no Ocidente.
É óbvio que consegue apoio em determinados regimes, mas o do Irão não está entre eles.
Creio que o problema do Irão é um falso problema. Os americanos estão preocupados com a possibilidade de haver crescimento económico no Médio Oriente e, caso este se venha a verificar, deixa de haver "petróleo por alimentos".
No entanto, uma vez que o seu esforço de guerra está no limite devido ao desaire militar do Iraque, limitam-se a agitar a comunidade internacional com questões mais ou menos fabricadas.
O Irão, tendo plena consciência desta circunstância, aproveita para brandir o que bem lhe apetece, neste caso, o seu projecto nuclear. Ou seja, está a fazer bluff.
Cumprimentos
At 11:56 da tarde, Recuemos... said…
Penso que o amigo substima muito esse país, e esse governo específico. Deles espero o pior e não tenho muitas dúvidas de que avançarão. Movem-se por conceitos religiosos, por crenças do fim do mundo, são místicos, não são capitalistas, democratas, ou construtores de um país desenvolvido. Não se iluda.
Dê um passeio atento por este blog:
http://al-mabus.blogspot.com
Leia os textos que lá estão em inglês e conheça as disposições e o pensamento pessoal de Ahamadinejad.
O homem acredita que, com o seu governo, vem abrir caminho ao último Iman, o grande anjo que, segundo certas profecias, ascenderá no início deste século, no Irão, para estender o Islão por todo o Mundo e subjulgar os "infiéis".
Esta é a filosofia que guia o governo deste homem, que está a gerir a informação que dá sobre um projecto nuclear que está certamente bem mais avançado do que admite.
Penso que é de preocupar toda a gente...
At 3:24 da tarde, foxglove said…
Estimado amigo:
Nada tema. Dali não vem coisíssima nenhuma. O discurso esotérico não é exclusivo do Irão. Saddam já o havia utilizado, a Coreia do Norte, então, vive disso. Por outro lado, parece que o arcanjo Gabriel falava directamente com mullah 'Umar. Hugo Chavez, de quando em vez, lá aparece em público com a imagem da padroeira da Venezuela a fazer discursos de natureza moral e edificante.
Conversa...
De facto, o mundo xiita é bastante mais escatológico que o o mundo sunita. Eles, para além do Dia do Juízo, esperam pelo regresso do 12º ou 7º Imam (conforme o ramo),que trará a Justiça etc. - uma espécie de Encoberto.
Como é natural, utilizam toda esta escatologia com fins de propaganda política. Um destes dias, é natural que descubam que Ahmadinejad afinal é o tal 12º Imam, com uma descendência directa de 'Ali...
É inegável que o Irão está em franco desenvolvimento económico. Não creio que o enriquecimento de urânio seja para fins militares. Porém, se for, duvido que seja utilizado alguma vez. Jamais em tão pouco tempo o Irão conseguirá reunir um arsenal comparável ao dos EUA, ou Inglaterra.
Quanto ao blog que me recomendou, nem "aquenta nem arrefenta"... É bom, por ter uma série de fontes, no entanto, penso que as suas intenções não serão das melhores, começando logo com o título "O anticristo"...
Penso que há muita gentinha por aí que devia ler mais vezes o Apocalipse, principalmente se for a ed. chamada de Jerusalém, que tem comentários explicativos.
Estou farto de discursos New Age... Ora são as energias, ora é o neopaganismo, ora o budismo tibetano. O budismo tibetano é engraçado, porque me explicaram, certa vez, que é melhor que o budismo "normal", porque os adeptos podem fumar livremente haxixe e encharcar-se em alcool que no pasa nada... Enfim...
Agora anticristos!?
Não se preocupe com o Irão, porque dali não vem nada, nem de mau, nem de bom.
Cumprimentos
At 7:54 da tarde, Recuemos... said…
De facto não partilho desse seu positivismo.
Mas só dois apontamentos:
- Não creio que se possa comparar o Iraque, o seu povo e o seu regime deposto, com o Irão. Se o primeiro é pobre, inculto, e possuia um governo militarizado, que se impunha através do culto da personalidade e da força das armas, o segundo possui um povo culto, educado, exigente consigo e com quem os governa. Por outro lado, o Irão possui um governo teocrático, o que faz toda a diferença, pois, apesar de filtrada pelos perceitos religiosos, a formação da sua população é compulsiva e abrangente. Um povo educado para a leitura, para a meditação, para a obediência, para a excelência.
Saberá que o Irão tem feito múltiplos esforços afim de enviar os seus estudantes para o estrangeiro afim de reberem formação específica, que possam trazer e divulgar entre os investigadores iranianos. Multiplicam-se as escolas e universidades, o mundo empresarial, o comércio, etc. Ou seja, o Irão não é nenhum Iraque, que venha algum dia, como esse povo, a bendizer a entrada de tanques americanos no seu território. Esta gente constituirá "escudo-humano" até às últimas consequências. Não passam fome, não se sentem descriminados ou injustiçados pelos seus governantes, são cultos, sabem o que querem e estão dispostos a defende-lo contra tudo e todos. É esta a convicção que, creio, em caso de conflito armado, inspirará e colocará ao lado da causa iraniana todo o Islão, sunita ou xiita.
- Por outro lado, não tenho dúvidas de que o Irão não precisará nunca de ter um poder militar minimamente parecido com o americano ou inglês, para fazer vingar as suas pretensões. Para começar, o Irão é um dos maiores exportadores de petróleo. Se cortarem na produção todo o Ocidente tremerá (já para não falar nas óbvias ameaças em solidariedade que a Venezuela e outros produtores logo fariam, contribuindo para a recessão).
Por outro lado, em caso de se dar ameaça por parte do Ocidente ao Irão, este haverá de se defender com o que tiver. De resto, Israel será sempre uma ameaça simples de concretizar. Por outro lado, ao sinal de Ahmadinejad, muitos bombistas suicidas haveriam de explodir por todo o Ocidente. As mortes civis seriam tantas que os recursos teriam de se centrar mais nos civis do que nos militares a enviar para o Índico.
Lembremo-nos de uma coisa essencial: para o Irão não existem "direitos humanos" ou códigos de conduta militar que não constem ou sejam interpretados no Corão. A morte de civis "infiéis" é por eles aceite como uma consequência da "Guerra Santa". Logo, desde o momento em que o Irão decida atacar alvos civis, estaremos a entrar numa guerra profundamente desigual, pois o Ocidente não se permite usar de tais métodos. Os seus códigos e cartas de conduta, bem como a opinião pública ocidental, proibiriam uma resposta com igual efeito, reduzindo a contra-ofensiva aos alvos militares identificáveis.
Se vocÊ argumentar que o Irão não se atreveria a atacar ninguém, ou que não tenha armamento para tal, digo que não sabemos o que tem ou deixa de ter o Irão. Trata-se de um país complexo, cheio de estratégia, cheio de hierarquias, de administrativos, logo, as informações que possamos ter, tornam-se dúbias face ao manancial de dados contraditórios que se multiplicam em estruturas complexas como a desse país.
Por fim, e agora entramos no âmbito da crença pessoal, não tenho dúvidas de que o Irão pretende provocar esta instabilidade, precipitando mais tarde ou mais cedo a guerra. Tenho como primeiro pensamento, o facto de este se tratar de um país teocrático, com um sentido divino e místico da acção humana que desembocará indiscutivelmente no Apocalipse. Ora, quando os seus líderes políticos e religiosos afirmam que esse Apocalipse virá pela mão de um 12º Iman, ungido com a função de subjulgar os infiéis...que o seu governo tem como objectivo abrir caminho para esse homem que apontam vir a dar a cara daqui a 2 anos, 2008... Não vejo aqui qualquer bluff ou espécie de propaganda.
Para propaganda, a Ahmadinejad chegaria o facto de estar a querer produzir riqueza, desenvolvendo novas formas de energia e ter todo o Ocidente à perna, ameaçando-o. Não teria de entrar em questões místicas que pouco importam a esse Ocidente...
Mas, seja como for, chegamos uma vez mais à mesma conclusão, a de que o amigo é um "positivista" que crê no Homem e no seu bom senso, e de que eu sou um pessimista, que crê na inevitabilidade do cumprimento da Fé dos homens, em vez do cumprimento da sua razão...
At 9:13 da tarde, foxglove said…
Bom, já expusemos as nossas ideias, ambos somos irredutíveis na nossa opinião pelo que, a partir daqui só nos poderemos repetir. Dou, então, por encerrado este debate, no entanto, se tiver alguma coisa a acrescentar, faça favor!
Em 2008 veremos o que nos reserva o Irão, e já agora, se me permite, o amigo é uma pessoa de pouca fé!!!!
Cumprimentos
At 12:01 da manhã, Recuemos... said…
Pouca Fé no Homem...? Certamente, certamente. Repete sucessivamente os mesmos erros...entrega-se aos mesmos vícios...
Vamos aguardar pois... Não nos resta grande coisa. Mas havemos de voltar à questão, com a evolução da situação, caso me dê o gosto.
At 7:28 da tarde, Recuemos... said…
Olá amigo. Temos desenvolvimentos...:
http://sic.sapo.pt/online/noticias/mundo/Programa+nuclear+iraniano.htm
in Sic on-line:
"O líder supremo do Irão garante que o país não vai ceder à pressão do Ocidente e vai continuar com programa nuclear. É a resposta à proposta apresentada há mais uma semana pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas e a Alemanha.
O Ayatollah Ali Khamenei reuniu-se com especialistas nucleares.
E prometeu que o enriquecimento de urânio vai manter-se. As declarações do líder supremo são vistas como uma rejeição da proposta apresentada a 6 de Junho.
Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança e a Alemanha ofereceram contrapartidas económicas para Teerão suspender o enriquecimento de Urânio. O Ayatollah Ali Khamenei diz que o programa nuclear é mais importante do que a exploração de petróleo. Por isso, o Irão não vai ceder.
À Agência Internacional de Energia Atómica o governo iraniano apresentou uma posição menos rígida. Em Viena, o embaixador de Teerão garantiu que a proposta está a ser estudada.
O ocidente acusa o Irão de estar a enriquecer urânio com fins militares. Teerão sempre garantiu que o programa nuclear tem apenas fins energéticos. Agora o ministro iraniano da Defesa admite o uso de armas nucleares, caso o país seja atacado.
“Temos de estar preparados para enfrentar todo o tipo de ameaças. Se sentirmos que estamos a ser ameaçados por qualquer potência, poderemos recorrer à defesa nuclear”, disse Mostafa Mohammad Najjar, ministro iraniano da Defesa. As declarações foram feitas depois de um encontro com o ministro da defesa da Síria.
“A nossa política é a de reforçar a resistência e enfrentar as ameaças dos Estados Unidos e de Israel”, adiantou Hassan Ali Turkmani, ministro sírio da Defesa. De acordo Ali Turkmani, os dois países têm planos de defesa conjuntos. O responsável sírio diz que o conteúdo dos planos não é secreto. Mas recusou revelá-lo."
O que me diz das palavras do ministro da defesa iraniano? Ora, para se admitir o recuso a armamento nuclear, é preciso dispor dele ou pretender produzi-lo... Certo?
Ou vai dizer-me que tudo isto é bluff?!
Cumprimentos.
At 12:37 da manhã, foxglove said…
Olá
Desculpe não responder mais cedo, mas tenho andado ocupado com outros afazeres, no entanto, agradeço-lhe a visita e a lembrança.
Bom, vejo que se documentou convenientemente. De facto, esta aliança entre o Irão e a Síria é um dado novo para mim.
Porém, não é nada que não estivesse à espera, se se recorda no meu primeiro comentário: "Exceptuamos, talvez, alguns grupos no Iraque e na Síria". De facto, o general Hassan Ali Turkmani é xiita. Portanto, é natural que se comece a tecer alguma solidariedade entre correligionários.
Apesar disto, mantenho a opinião do bluff. O Irão vai esticar a corda até poder, ou seja, até à iminência da guerra. Como sabe perfeitamente que os aliados já não têm capacidade para o fazer, pelo menos a curto prazo, manterá o impasse até conseguir o seu objectivo: enriquecer urânio.
A Síria aparece aqui por um motivo bastante óbvio: a proximidade geo-estratégica com Israel.
Ou seja, basicamente, estão a dizer: logo que tenhamos armas nucleares, atacaremos Israel!
Nada de mais errado, o Irão jamais confiará nos sírios ao ponto de lhes entregar armamento com tal poder destrutivo porque a Síria não é coesa nem ao nível étnico, nem ao nível religioso. De hoje para amanhã, a sua política de amizade com ao Irão pode mudar radicalmente.
Por outro lado, aos sírios interessa-lhes assumir uma posição de poder, não tanto em relação a Israel, mas em relação aos aliados. Não nos esqueçamos que a Síria faz parte do "Eixo do Mal" e, repetidas vezes, os americanos lhes acenaram com ameaças.
Isto é o que penso em relação à questão nuclear iraniana.
Relativamente à questão esotérica, onde o amigo não vê propaganda, eu só vejo propaganda. A partir daqui, chegamos ao tal impasse...
Cumprimentos
At 6:11 da tarde, Recuemos... said…
Caro amigo, a Síria está para onde soprar o vento... O "Presidente-rei" Bashar al-Assad é um político medíocre, que lá está porque morreu o irmão que era o verdadeiro "herdeiro" da "República". Este senhor, formado em Londres, é um bonequito nas mãos de Ahmadinejad e dos seus líderes religiosos internos, que apesar de maioritariamente sunitas, estão prontos para futuras uniões contra o Ocidente. As duas economias são interdependentes, quem atacar uma ataca a outra.
Mas está certo. Compreendo o seu cepticismo. Vamos acompanhando...
At 5:19 da tarde, foxglove said…
Concordo em absoluto com o seu comentário, mas não acredito que o Irão se levante para defender militarmente a Síria
Cumprimentos
At 9:22 da tarde, Anónimo said…
Sexta carta aos filhos da luz
A 14 de março de 2012 será dado um sinal
Por aquele que veio em junho de 1999
E ninguém o viu.
As suas vestes são de diplomata e o seu rosto é mais sereno
Do que qualquer santo,
Ele inflamará as nações com seus muitos descorçôo
E muitos seguiram as suas idéias.
No ano de 2014 tomara o poder e declara guerra
Aos escolhidos os perseguindo por um ano e meio,
Após esse período vindo das bandas do sul um menino triste
Ganhara coragem e formara uma aliança
De forma que será o único a fazer frente ao primeiro.
O general por nome de primeiro com uma espada de fogo
Fará verter muito sangue ao ponto que serão poucos
Os que escaparam.
Por isso das bandas do norte e do oriente se formara um só exercito
Que se juntara ao primeiro,
Mas o menino terá como aliança África e a Lusitânia,
Mesmo sendo poucos serão chamados de os Imbatíveis.
De olhos azuis o menino nunca revelara seu nome,
Nascido de uma família pobre no sul da América
Ele conduzira os filhos da luz a vitória,
Juntamente com outros dois: o Africano e Lusitano.
Destes três só ficara um para contar a historia...
O africano, os de mais caíram em combate no ultimo dia...
Sem que antes o menino mate o primeiro.
Leugim Israeli – 2007
At 9:23 da tarde, Anónimo said…
Quinta carta aos filhos da luz
O primeiro saiu e gritou um nome
O qual ouvira quando jovem
Por detrás do púlpito uma bandeira e atrás dele estava dez reis
Na frente uma multidão que não se podia contar
Como preparados para a guerra.
Numa só voz como um trovão
Gritava palavras contra os filhos da luz...
E nas suas mãos empunhavam armas que ate então nunca tinha visto.
Olhei e vi um ano e mês: novembro de 2014
As trevas envolviam tudo e todos
E do chão saia luzes em direção aos céus formado um sinal
Que me era estranho.
Enquanto observava isto ouvi uma voz que dizia:
Dentro de dez dias esta praça será consumida pelo fogo...
O menino a destruirá sem que deixe um só vivo.
Leugim Israeli – 2007
At 9:24 da tarde, Anónimo said…
Terceira carta aos filhos da luz
Estava sentado sobre um campo aberto e vi,
Não sei se em sonho ou em espírito:
Eis que grande poço se abria e de lá surgiu o primeiro
Como ferido.
No vale ao oriente uma nova bandeira como ate então nunca tinha visto
Tinha por insígnia C. D. C.
Toda ela branca e ao centro uma cruz vermelha
E junto dela estava uma criança que dera o nome de pai.
A terra inteira estava em tons de negro e sangue
E um exercito numeroso estava por de trás da bandeira...
Gritava numa só voz:
Hoje será o dia da nossa vitória e libertação.
No lugar que tem por nome abismo
Um outro exercito muito mais numeroso
Estava em silencio e na dianteira como ferido numa das mãos
O primeiro dentre eles rangia os dentes.
As sete e meia da tarde um raio de luz vindo do abismo
Subiu aos céus e nessa mesma hora meio mundo foram mortos.
O primeiro avançou e todo seu exercito o seguiu
Nessa hora e dia o exercito que veio do sul
Derribou por terra mais de metade do exercito do primeiro,
Dessa forma os africanos avançaram pela direita e com a Lusitânia
Deram o golpe final.
Nesse dia esse campo foram chamado campo dos Mártires,
Mas de súbito vindo do céu como cometa
Algo caiu sobre as bandas do sul e nenhuma alma escapou,
Lagrimas e sangue encheu o vale de forma que o dia da vitória
Teve q ser adiada.
Estávamos no dia primeiro de janeiro e o feriado tinha sido esquecido
E nesse dia poucos ficaram de pé de ambos os lados.
Ainda não era o fim porque outra guerra viria
E esta seria bem pior do a primeira.
Carta as filhos da luz – Leugim Israeli – 2007
At 9:24 da tarde, Anónimo said…
Segunda carta aos filhos da luz
Do norte e do sul três são os primeiros,
A luz que vem de dentro não ficara a luz do dia
Um plano tomara forma de algo decisivo,
Mas o norte trairá todos eles e tomara o lugar dos mesmos.
O segundo dentre eles fugira e se esconderam nas montanhas
Por mais de meio ano e ao fim desse tempo
Escrevera um s.o.s para a Lusitânia,
A resposta será um sim.
África, Lusitânia e o sul se uniram nos últimos dias...
Formando um exercito marcharam ao campo de batalha
Para fazer guerra ao primeiro.
Um navio vindo do oriente por inveja denunciará a operação
E o primeiro reforçara a retaguarda de forma que nesse dia morreram
Muitos, os que escaparem subiram aos campos de Medina
E após meio ano voltara para um novo contra ataque.
A esta operação será dado o nome de CRUZ DE CRISTO.
A torre quebrada a meio e a cidades postas a fogo
Provocaram fome e epidemias
Pelo motivo que ficaram desertas por logos anos ate que a paz
Seja restabelecida.
No lugar que tem o cristo o pai se unira à operação
E uma vitória será decisiva,
Nesse dia caíra mais de um terço da humanidade
E a luz brilhara com a queda do sexto rei, mas ainda não será o fim.
Carta as filhos da luz
Leugim Israeli – 2007
At 9:25 da tarde, Anónimo said…
Primeira carta aos filhos da luz
No silencio da noite um trovão rompera a sul,
Durante três dias e três noites a escuridão tomara a terra
Lagrimas e espantos tomaram forma de revolta
Ate que o dia da vitória seja entregue ao povo, mas não por muito tempo.
Por de trás de uma luz forjada
Vira aquele que tem a chama da guerra
Muitos o seguiram com vendas nos olhos
Escutando apenas a voz do mesmo, que tem por nome primeiro.
Na serra alta ao sul outro homem terá um destino
O dissipar a voz que se estende por toda a terra,
Ninguém Dara ouvidos ao mesmo
Por isso uma grande guerra começara ate que ele seja morto pelo primeiro.
Luzes e sons entraram nas cidades das capitais de todo mundo
O globo em pano verde fará um ultimo descorçôo
Mas a tricolor impede que a sua voz seja posto a luz do dia,
Mulheres e crianças cantaram então pela ultima vez um cântico que será triste.
Em campo aberto sobre uma praça enorme
O primeiro e grande senhor denominado por nome de Mabus
Fará uma ultima petição que será estabelecida
Para fins próprios ate que dez reis se unem a ele.
Do norte e do oriente não se escutara o som dos pássaros
A terra ficara em silencio por mais de meia hora
Um menino triste tomara a forma de homem, ele nascera a sul...Verde amarelo.
E será chamado de grande pai.
Metal e titânio tomaram então a forma de armas estranhas
E o primeiro já velho declarara guerra ao pai,
Mas cinco se uniram ao ultimo: o grande urso, águia e o dragão vermelho...
Vindo oriente apenas porque o primeiro destruiu seu grande porto marítimo.
Na Lusitânia o galo cantara, mas a bandeira de guerra será transformada...
Toda ela em vermelho,
África se unira a estes sem que as águas se transformem em absinto,
De forma que muitos morreram e se uniram a Lusitânia.
Durante cerca de sete longos anos
Pó e sangue tomaram as cidades ao sul
E nem uma criança se salvara
O primeiro fará um decreto que é de calar as mesmas,
Mas o fim dele será a nove maio.
carta aos filhos da luz –
Leugim Israeli – 2007
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