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ARTIGOS DO SEMANÁRIO REGIONAL TORREJANO, "O ALMONDA". por Carlos Leitão Carreira

sexta-feira, outubro 13, 2006

Escola Prática de Cavalaria (III)



A abrupta revolução no funcionamento da nossa cavalaria, que referíamos na semana passada, acabaria fomentando um forte dinamismo na área da formação técnica dos quadros de oficiais e sargentos, que passam a frequentar cursos sucessivos (orientados por especialistas ingleses), que por sua vez estariam incumbidos de dar formação às restantes patentes.



Tendo em conta a constante actualização destes equipamentos e a rapidez com que se tornavam obsoletos, estendem-se novas relações e parecerias militares, afim de suprir a ausência de uma indústria de guerra nacional. Nesse sentido, a França e os Estados Unidos surgem como parceiros privilegiados na aquisição de equipamentos e especializações. A vinda dos carros de combate americanos “M 47”, em 1952, dão testemunho dessas relações, cabendo então à Escola a direcção de instrução no novo Centro de Instrução de Blindados.



Já então, a dinâmica e o espaço exigido por todo este processo obrigava a uma dispersão da escola por outras localidades e pólos de instrução e armazenamento (Entroncamento, Santa Margarida), que providenciassem o espaço e a mobilidade necessária de efectivos e equipamentos. A estruturação da NATO, da qual Portugal foi membro fundador, obriga-nos a cumprir metas e a observar uma estratégia comum, o que leva à reestruturação da própria Escola Prática de Cavalaria, que, em 1957, acabaria sendo transferida de Torres Novas para Santarém, onde conheceria grande incremento.